Mudanças nos padrões de movimento e a falta de ruído do motor explicam o desconforto em EVs.
O principal motivo para o enjoo maior nos carros elétricos é a confusão causada pelos movimentos do veículo, que são ligeiramente diferentes do convencional.
Segundo o médico, o corpo humano tem uma memória motora, que cresce à medida que a pessoa anda de carro. Essa memória é capaz de reconhecer padrões de movimento dos veículos e, internamente, compensar o mal-estar.
Além dos movimentos bruscos, outro fator de grande impacto nos ocupantes de um EV é o barulho do carro (ou a falta dele). Isso acontece porque, junto da aceleração, o ronco do propulsor ajuda o corpo a entender o deslocamento do veículo. Sem o estímulo sonoro, a confusão do cérebro só aumenta.
Sobre soluções, a Nissan, por exemplo, apresentou a tração integral e-4ORCE em seus EVs mais novos: o sistema é capaz de distribuir o torque entre as rodas em tempo real, a fim de minimizar vibrações incomuns em veículos a combustão. Os japoneses afirmam, inclusive, que a tecnologia também é boa para os animais, que registraram diminuição equivalente no enjoo.
No caso do Xiaomi YU7, a fabricante acrescentou um "modo enjoo", que também ajusta suspensão e pedais do SUV. O sistema pode ser ativado na multimídia e reduz em 51% os episódios de vômitos, alega a marca.
FONTE: UOL