Reposição ou abuso? Descubra até onde vai o uso seguro da testosterona.
Nos últimos anos, o uso de testosterona — seja por prescrição médica ou de modo recreativo/estético — ganhou visibilidade crescente. Muitos homens utilizam hormônio para tratar condições clínicas, como o hipogonadismo, ou simplesmente para aumentar massa muscular, energia ou libido.
Quando porém, a dose segura é ultrapassada, ou não possui supervisão médica, a reposição (ou uso exógeno) de testosterona pode trazer riscos significativos à saúde. Estudos recentes apontam efeitos potenciais em diversos sistemas do organismo, muitos dos quais pouco percebidos a curto prazo.
O que dizem os estudos? Uma meta-análise realizada pela PubMed revelou que, em 27 ensaios controlados, com quase 3.000 homens, houve um aumento significativo no risco de eventos cardiovasculares em quem fazia tratamento com testosterona. Além do risco cardiovascular, o uso indevido da reposição hormonal pode resultar em diversas complicações, dentre elas: tromboembolismo, perda de fertilidade, efeitos adversos hematológicos, metabólicos e renais, além de possíveis danos ao fígado.
Embora a reposição de testosterona sob orientação médica e em doses adequadas possa trazer benefícios (melhora de sintomas de deficiência hormonal, qualidade de vida, disposição, massa muscular, densidade óssea), o uso abusivo apresenta riscos relevantes.
O acompanhamento médico especializado é crucial e indispensável na reposição hormonal adequada, possibilitando resultados positivos na vida do indivíduo.