O Brasil não é o principal fornecedor de carne bovina dos EUA. Esse posto é ocupado pela Austrália.
Após Trump anunciar tarifa extra de 50% sobre produtos brasileiros, frigoríficos de Mato Grosso do Sul suspenderam a produção de carne destinada aos Estados Unidos.
Com a nova taxação, as exportações para os EUA ficaram inviáveis financeiramente, se não houver negociação.
Quatro frigoríficos no estado interromperam a produção voltada ao mercado americano, segundo o sindicato. São eles:
- JBS
- Naturafrig
- Minerva Foods
- Agroindustrial Iguatemi
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, informou que os frigoríficos suspenderam os abates de animais destinados à produção de carne para os Estados Unidos. Além da paralisação, o acúmulo de carne estocada preocupa empresários e o governo.
A tendência é que os frigoríficos brasileiros se direcionem ainda mais para o mercado asiático, avalia Fernando Henrique Iglesias, analista do Safras & Mercados.
Mas não é só o Brasil que perde. A inflação da carne bovina para o consumidor americano está batendo recorde por causa de uma redução histórica do rebanho do país.
O Brasil não é o principal fornecedor de carne bovina dos EUA. Esse posto é ocupado pela Austrália, que não compete diretamente com a carne brasileira. Mas, enquanto os australianos vendem diretamente para os supermercados dos EUA, o Brasil fornece carne para a indústria do país.
Além disso, até agora, o preço da carne brasileira era o mais barato do mercado externo.