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09/06/2021 às 11h52 - atualizada em 09/06/2021 às 11h55

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Após vitória da Seleção, jogadores se dizem contra Copa América, mas confirmam participação
"Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à seleção brasileira", traz o texto do manifesto.
Após vitória da Seleção, jogadores se dizem contra Copa América, mas confirmam participação
Lucas Figueiredo/CBF
Os jogadores da Seleção Brasileira se manifestaram sobre a participação do time na Copa América após a vitória por 2 a 0 sobre o Paraguai, em Assunção, pelas Eliminatórias, na noite de terça-feira (8).

Como já se esperava, a possibilidade de boicote ao evento no país perdeu força após o afastamento do presidente da entidade, Rogério Caboclo, acusado de assédio moral e sexual por uma funcionária, e foi descartada. Os atletas, no entanto, se disseram contra a realização do campeonato.

No texto, os atletas se posicionaram contra a competição que começa no domingo, em solo nacional, mas confirmaram a participação. “Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à seleção brasileira.”

No manifesto, os jogadores explicam que não houve tentativa ou sugestão de boicote à Copa América. Assim se limitaram a expor o desconforto com as mudanças de sede e dificuldades com a organização. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro usaram as redes sociais, nos últimos dias, para criticar a postura da seleção, principalmente do técnico Tite, contrária ao evento no Brasil.

Diante das discussões, o Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para quinta-feira (10) uma sessão extraordinária para tratar com urgência e decidir a respeito da realização ou não da Copa América no Brasil.

Confira abaixo o manifesto na íntegra:

“Quando nasce um brasileiro, nasce um torcedor. E para os mais de 200 milhões de torcedores escrevemos essa carta para expor nossa opinião quanto a realização da Copa América.

Somos um grupo coeso, porém com ideias distintas. Por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Conmebol, fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil.
Todos os fatos recentes nos levam a acreditar em um processo inadequado em sua realização.

É importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política. Somos conscientes da importância da nossa posição, acompanhamos o que é veiculado pela mídia, estamos presentes nas redes sociais. Nos manifestamos, também, para evitar que mais notícias falsas envolvendo nossos nomes circulem à revelia dos fatos verdadeiros.

Por fim, lembramos que somos trabalhadores, profissionais do futebol. Temos uma missão a cumprir com a histórica camisa verde amarela pentacampeã do mundo. Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à Seleção Brasileira.”


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