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Polícia

05/09/2022 às 14h28

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Redação

Cajamar / SP

GCM e família são executados em zona rural
Guarda, mulher, mãe e padrasto foram executados em uma estrada de Pirapora do Bom Jesus. Polícia investiga execução
GCM e família são executados em zona rural
Execução ocorreu na estrada Francisco Missé em Pirapora do Bom Jesus
O guarda-civil Paulo Corrêa de Souza Júnior, executado ao lado da mulher, da mãe e do padrasto, em uma estrada de Pirapora do Bom Jesus, na divisa com Cajamar, no sábado (3), é acusado de tentativa de homicídio em uma festa na cidade de Santana de Parnaíba, em abril de 2020.

Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Paulo Correa de Souza Júnior foi acusado de, em abril de 2020, por volta das 23h45, tentar matar Maria de Moraes Oliveira, João Paulo Cardoso de Moraes e Josué de Moraes Oliveira, com disparos de arma de fogo.

Paulo estava em uma festa, que ocorria na casa do pai de João e tio de Maria e Josué, quando Maria pediu uma bebida e, por isso, passou a importuná-la, dizendo que, por "ela não ter levado nada para o churrasco, não tinha o direito de beber" e ofendendo a vítima.

Nesse momento, o agente teria ido em direção à mulher para agredi-la, mas foi impedido pelos demais convidados. Paulo, então, se aproximou de Maria e disse a ela para "aproveitar bem a festa, pois naquele momento estava sem farda, mas, no dia seguinte, estaria com farda e voltaria para 'pegá-la'". A vítima então tomou conhecimento de que Paulo era guarda municipal.

Paulo deixou a festa e permaneceu nas proximidades, com uma arma de fogo, aguardando a saída. Momentos depois, João deu uma carona a Maria e Josué. De dentro do veículo, todos avisaram que Paulo, com uma arma de fogo, estava se aproximando.

As vítimas seguiram e, nesse momento, Paulo disparou seis vezes. Duas perfurações atingiram o porta-malas e duas, a lateral direita do carro. As vítimas não foram atingidas. Na sequência, o denunciado, com uma motocicleta, começou a fazer uma perseguição ao veículo das vítimas.

Segundo o TJ-SP, a GCM foi acionada para a ocorrência. No local, os guardas municipais encontraram um projétil e três estojos de munição na via pública. Segundo o documento, o delito apenas não se consumou devido ao erro de pontaria do agente.

A arma utilizada por ele pertence à Prefeitura Municipal de Carapicuíba. O delito teria sido cometido durante o estado de calamidade pública da pandemia de Covid-19.


Interrogado, o réu negou o negou o ato e disse que estava almoçando na casa do amigo de Paulo que o apresentou às vítimas e demais convidados, informando que ele era guarda municipal. Nesse momento, segundo ele, começou a ser importunado pelos convidados.

Ele disse ainda que, após a discussão com a mulher por conta da bebida, o padrasto da vítima o imobilizou com um golpe. Disse também que foi embora, mas acabou "perseguido" pelas vítimas. Ele confirmou o disparo contra o veículo, mas disse que "se assustou com a perseguição e queria assustar" as vítimas.

O agente disse, porém, que não se lembra se havia pessoas no veículo e que, se tivesse a intenção de matar, "teria conseguido". Ele afirmou também que ingeriu bebidas alcoólicas e se recusou a fazer o exame de embriaguez. Segundo a vítima, o guarda aparentava ter usado drogas durante a festa.

Hipótese de execução
De acordo com a Polícia Militar, o GCM e advogado Paulo Correa de Souza Junior voltava de uma cachoeira acompanhado da mulher, Ana Caroline Ferreira da Silva, de 31 anos, da mãe, Marlene Aparecida Ferreira de Souza, de 64 anos, e do padrasto, Israel Aparecido Vintorin, de 45 anos.

No momento em que passavam pela estrada foram interpelados por suspeitos que os fizeram sair do carro em que estavam, modelo Chevrolet Prisma, e efetuaram disparos. Os quatro foram atingidos e morreram no local.

Quando a polícia chegou ao endereço, localizou os corpos ao lado do veículo; não havia nenhum indício de quem poderia ter feito os disparos. O local fica às margens de uma represa e com várias chácaras pela região.

A perícia foi acionada ao local e iniciou os trabalhos de apuração dos fatos. Testemunhas e eventuais imagens de câmeras de segurança que possam existir no local vão ajudar a polícia a identificar os atiradores.

A ocorrência foi apresentada na delegacia de Santana de Parnaíba. Por enquanto a polícia trabalha com a hipótese de execução, mas nenhuma hipótese é descartada.



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